Desde 1948 e não raro, muitos pais ou responsáveis por crianças, ou o
próprio adulto homossexual, procuravam serviços médicos, sendo o motivo da
consulta o relato de não-aceitação do homossexualismo. Ainda que, o médico
viesse a explicar que, não se tratava de doença e muito menos de transtorno
mental, era necessário codificar o motivo do atendimento, como um dever
profissional.
O CID - Classificação Internacional de doenças existe para aqueles
serviços que precisam codificar a "causa" ou o "motivo" da
consulta ou então da internação; assim, suponha-se uma pessoa que consulte o
médico por calvície ou embranquecimento do cabelo e que, nesse serviço, seja
obrigatório codificar o motivo da consulta.
Para esses casos e todas as outras doenças, existem códigos na CID -
Classificação Internacional de doenças.
Então a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os seus sete "Centros
Colaboradores Internacionais", para assuntos ligados a Classificação
Internacional de Doenças (CID), criou o código 302.0 daquela classificação.
Este código referia-se, especificamente a "Homossexualismo" e estava
incluído no Capítulo V: Transtornos Mentais.
Veja que, foi em função dos reclamos mencionados que o homossexualismo
teve que ser enquadrado, na categoria explicada.
No entanto, no dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde
retirou por pressão das sociedades organizadas em todo mundo que lideraram
movimentos pró-liberdade desta questão de opção sexual, da lista de doenças, a
homossexualidade.
O que deve ser refletido e examinado aqui com toda a isenção é o fato de
que ainda, muitos pais, educadores, alguns setores mais conservadores da mídia
e expressivas parcelas das maiorias dos países democráticos, aceitam apenas,
por ser “politicamente correto” numa atitude de fachada, porém, sabe-se que a
hipocrisia nesta aceitação é muito expressiva.
A sociedade precisa conviver com esta nova e irreversível realidade
sócio-comportamental, mas, educar ainda é preciso!
Lembramos que, a etimologia latina do termo “educar” significa, tirar de
dentro, fazer que seres humanos ponham para fora todos os seus mais dignos e
significantes valores de acordo com as necessidades sentidas, aprendidas e
necessárias para melhor adaptação do homem à sociedade que naquele momento, ele
está inserido.
Portanto, educar não é empurrar goela abaixo de quem quer que seja,
novos conceitos e valores, isto é concebível somente, em sociedades
totalitárias.
Cada um deve tirar de dentro de si, as suas próprias razões para
conviver com a atual diversidade plural destas novas tendências de
diferenciadas opções sexuais, única forma de conquistarmos a harmonia entre
todos.